A GENTIL MENSAGEIRA DO AMOR
"Auta de Souza. Rediviva, aqui está conosco, em abençoado convívio. É bem certo que o Senhor, que nos aproximou uns dos outros e nos uniu pelos laços mais santos da vida, não nos separa nunca, nem destrói transcendentes liames do espírito"
Clóvis Tavares, Campos RJ, 66º aniversário de Francisco Cândido Xavier e Ano de Centenário de Auta de Souza.
Auta de Souza
Linha do tempo
1876 - Nasce Auta de Souza
Auta Henriqueta de Souza nasceu em Macaíba Rio Grande do Norte em 12 de Setembro de 1876.
1879 - Morre mãe de Auta
Mater...
Como era bom dormir na curva de teu braço,
Sonhando adormecer ouvindo-te cantar...
Como era bom dormir, ó mãe, em teu regaço,
Dourando-nos o sono a luz de teu olhar!
Angicos – 1896 Horto
SILVINA MARIA DA CONCEIÇÃO DE PAULA RODRIGUES
Após a desencarnação de Henriqueta Leopodina Rodrigues mãe de Auta de Souza, ela e os irmãos foram morar com a avó materna em Recife.
1881 - Morte do Pai
Morre Sr. Eloy Castriciano de Souza, pai de Auta de Souza
1882 - Morte do avô
Falece Francisco de Paula Rodrigues, o avô materno de Auta de Souza no dia 29/10/1882
A MINHA AVÓ
Minh’alma vai cantar, velhinha amada!
Rio onde correm minhas alegrias...
Anjo bendito que me refugias
Nas tuas asas contra a sina irada!
Horto
1887 - Estudo
Aos 11 anos, foi matriculada no colégio São Vicente de Paula, em Recife - PE.
1888 - Tragédia
Aos 12 anos, morre Irineu Leão Rodrigues de Sousa, o irmão nascido 1 ano antes dela, Irineu Leão Rodrigues de Sousa, causada pela explosão acidental de um candeeiro.
NUMA NOITE...
“(...) Até dona Nila, esposa do senador Pedro Velho, que era a senhora mais imponente de todo o Estado, a de mais difícil acesso, guardava para Auta o privilégio de um dos raros sorrisos acolhedores.
Dona Alexandrina Barreto Ferreira Chaves, casada com o des. Joaquim Ferreira Chaves, então governador, era apaixonada pela poetisa. Tão apaixonada que chegou, num aniversário de Auta, a presentear-lhe seis passarinhos da sua coleção sem fim.
Dona Alexandrina era aminha madrinha de batismo, madrinha de vela, e contou-me o episódio que divulguei.
Auta agradeceu muito, escolheu seis pássaros e, abrindo a portinha das gaiolas, libertou-os.
Minha madrinha ficou desolada, mas nunca esqueceu de contar o gesto de Auta. Para que desse uma de suas aves, era preciso um amor quase sobrenatural.”
(p.105 Livro: Vida Breve de Auta de Souza - Luis da Câmara Cascudo)
1890 - Tuberculose
Aos 14 anos, recebe o diagnostico de tuberculose e precisou interromper seus estudos no Colégio religioso, mas continua sua formação como autodidata.
1893 - Sertão
Intensa atividade poética de Auta de Souza e percorre todo o agreste e sertão procurando recuperar a saúde
1894
Aos 18 anos passou a colaborar com a Revista Oásis de Natal,
1896 - Jornal A República
Aos 20 anos escrevia para A República, Maior jornal em circulação no País e o que abriu espaço para publicação de suas poesias no jornal o PAIZ do Rio de Janeiro
1897
Escreve assiduamente para A Tribuna
1899 - Dhálias
O manuscrito Dhálias (posteriormente intitulado Horto) estava pronto para publicação.
1900 - O Horto
A primeira edição de Horto, foi publicada em Natal, havendo circulado poucos meses antes da desencarnação da poetisa. Continha 114 poemas e 232 páginas e teve prefácio de Olavo Bilac, o poeta mais célebre da época. Sua primeira tiragem, de mil exemplares, esgotou-se em dois meses.
"uma poetisa de raro merecimento, Horto será, para os que amam a linguagem divina do verso, um desses raros que se lêem com um encanto crescente."
Olavo Bilac
ANIVERSÁRIO DE AUTA
Em 1900, último aniversário de Auta de Souza...
1901 - Despedida
No dia 07 de fevereiro de 1901, aos 24 anos, às 01:15 da madrugada, desatam-se finalmente os laços que prendiam Auta de Souza, ao corpo enfermo e cansado
1911 - Segunda edição de Horto
A segunda edição de Horto, foi impressa em Paris, com “nota”, que é uma brevíssima biografia de Auta, escrita por seu irmão Henrique Castriciano)
1931
Francisco Cândido Xavier psicografa a poesia Senhora da Amargura
Mãe das dores, Senhora da Amargura,
Eu vos contemplo o peito lacerado
Pelas mágoas do filho muito amado,
Nas estradas da vida ingrata e dura.
Existe em vosso olhar tanta ternura,
Tanto afeto e amor divinizado,
Que do vosso semblante torturado
Irradia-se a luz formosa e pura;
Luz que ilumina a senda mais trevosa,
Excelsa luz, sublime e esplendorosa
Que clareia e conduz, ampara e guia.
Senhora, vossas lágrimas tão belas Assemelham-se a fúlgidas estrelas:
Gotas de luz nas trevas da agonia.
Auta de Souza,
a gentil mensageira do amor
1932 - Parnaso do Além Túmulo
Publicado o primeiro livro psicografado de Francisco Cândico Xavier com poesias de Auta de Souza.
1932 -Carta de Chico Xavier a Mário Quintão
"Alguns autores há muito tempo que não voltam, como, por exemplo, A. dos Anjos e Auta de Souza.
Desta última conservo muitas saudades.
Quando ela escrevia, fazia-me sentir sensações indefiníveis.
De algumas vezes, eu sentia que ela se achava em companhia de uma outra alma, bastante elevada, que nos disseram ser uma das que compõem a grande falange que colabora com Celina em sua elevada missão de amor.
Esta companheira da alma que se dava com Auta fazia-me ouvir, isto é, sentir, como em relâmpagos, os mais formosos hinos sacros, que eu nunca pude apanhar, porque eram sempre mais vibrações intraduzíveis, melodias que eu podia somente sentir. ..."
Trecho de carta de Chico Xavier a M. Quintão.
"Reformador" – Ano 1932 – Numero 8 – Abril – pág. 237
1933
Falece em São José do Mipibu, a 9 de dezembro, João Câncio Rodrigues de Souza, foi o único dos irmãos a deixar descendência
1936 - Publicada a terceira edição de O Horto
"Sua poesia alcançou uma intensidade de sentimento cristão que até hoje não envelheceu"
Tristão Ataídes.
1940 - Psicografia de Mensagem Fraterna
Francisco Cândido Xavier psicografa na cidade Campos de Goytacas o poema Mensagem Fraterna.